15 feb 2008

GAZA 2008 -artigo para o Moishe Hess

Impossivel ficar calado quanto aos ultimos acontecimentos.Muito da midia dita alternativa, leia se a midia de esquerda , revistas que leio, que nós lemos ,nós da esquerda , como a Carta Capital, Caros Amigos, jornal da CUT, E que convenhamos, parecem inumeras vezes não pensar que em Israel não há um setor de autocritica contundente e que diariamente trava batalhas contra setores mais conservadores, leia se , de direitas ,quanto a qualquer acordo de paz e os constantes ataques a cidades israelenses situadas na fronteira com Gaza e Libano.

Israel deixou o Libano, deixou Gaza,mas ha uma decada os ataques ,antes ou depois do desengajamento de Gaza continuam.Claro que qualquer represalia será tida como atos em força desmedida , de um exercito contra ...um exercito invisivel que se esconde por dentrás de instalaçoes civis .Este texto estou dando uma endireitada..estava escrito e acabei por conserta-lo para o grupo de discussão ...mas talvez as informaçoes sirvam ao menos por ser um texto em português...Na verdade é uma resposta ao que ando lendo por aqui e assistindo na tv. Aqui no Brasil...imagine como deve estar a situação em Gaza , com as açoes do Exercito israelense...Mas cabe a reflexão quanto aos ultimos acontecimentos e o tom que a midia internacional concede à questão.E sobretudo do ponto de vista estrategico ,mas imprescindivelmente humanitario!!!

(...)Do ponto de vista histórico, não pode haver solução para o problema de Gaza enquanto o horizonte não mostrar pelo menos o mínimo de esperança para essa gente desesperada.Então, o que podemos fazer agora?Podemos e devemos chegar a um cessar-fogo com o Hamas em Gaza

11 feb 2008

Casimiro (algum verso)

As ruas estão secas
A poeira agora da lama
Casimiro

Passou um turbilhão em nossas vidas
Abraçando recém chegados
Anfitriã após o veranico
Os foguetes estouravam
E a festa na praça
Da noite, tornou o silencio cotidiano
Em linha reta o rio não quis tomar a curva

As ruas estão secas
Os restos
As casinhas
As telhas
Úmidas
Como as pálpebras dos órfãos
Dos velhos que viram a vida levar tudo
Guiados pela inesperada onda

Casimiro
E as frondosas árvores próximo da capela
Caíram cansadas juntos ao ídolo
Nos pastos vergados pela chuva
O boi manso segue no que resta de capina
Poderia ter acontecido em qualquer lugar comum
Poderia ter acontecido
Em algum lugar ,o dos esquecidos
Aconteceu em Casimiro

Existiu lugar algum para ser feliz no mundo
Se na Galut, exilio,permaneces e apenas consigo?

Dei-me inteiro.
Os outros fazem o mundo (ou crêem que fazem).
Eu sento-me na cancela, sem nada de meu

Veio a chuva a terra a agua levou
meu chao meu canto de esperança
minha montanha que desmoronou

Sem conquistar um mundo
Sem um lugar que desegoisticamente não quero que seja só meu
E assim tenho um sorriso triste e uma gota
de ternura branda no olhar.

Esperei, esperei.
Dei-me inteiro.
Casimiro

Não ,apenas um coração recusado que sobra -me agora
em meio a este mato alquebrado
Junto as vísceras e um corpo.
Com isso vou desejando morrer por que a tempos ja estou indo aos poucos .


Armando Aguiar