23 nov 2007

Dia da Consciencia Negra e a Comunidade Judaica

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O Brasil é um país marcado por desigualdades. Temos uma das piores distribuições de renda do planeta, um fosso separa a qualidade de vida das diversas regiões brasileiras, a diferença de salários entre homens e mulheres, para funções iguais, simboliza uma clara discriminação de gênero. Preconceitos de todos os tipos acentuam rachaduras sociais e consolidam estereótipos.Os muros ainda não ruiram.

20 de Novembro dia da Consciência Negra. Em várias partes do Brasil, grupos de diferentes tendências dentro da comunidade negra debateram a situação e as perspectivas da luta contra a discriminação racial. Nenhum de nós deve ignorar a dimensão deste problema em nosso país, que inúmeras estatísticas denunciam. A mais recente, produzida pelos pesquisadores Marcelo Paixão e Luiz Carvano, da UFRJ, mostra que, de 1999 a 2005, a taxa de assassinatos por 100 mil homens brancos caiu de 36 para 34.Dados disponiveis mesmo no O Globo diz que entre os negros,subiu de 52 para 61.Pobreza e discriminação:uma mistura letal

Cabe aqui o que a ASA ,Associação Judaica Scholem Aleichem de Cultura e Recreação ,com seu historico passado de esquerda , a mesma Instituição que na terça feira proxima ,dia 27/Nov as 18h30 promoverá o encontro aberto a todos, para o Debate e discussão de Projetos e Politicas Publicas para a Cidade do Rio ,notificou:

"Solidarizamo-nos com nossos irmãos negros que lutam por uma sociedade mais justa e tolerante. E uma forma de democratizar a informação, estimular o debate sobre estratégias que enfraqueçam os preconceitos e fortalecer alianças dos setores democráticos. (...) Quando homenageamos no dia 20 de novembro a Consciência Negra, é preciso relembrar os horrores e a suprema vergonha do passado escravagista, da mesma forma que devemos relembrar os horrores do Holocausto dos judeus e outras minorias da II Guerra Mundial(...)Com o mesmo objetivo de impedir que o povo participe das decisões políticas que lhe interessam, diversos governos das elites negam aos Conselhos de Políticas públicas ou de Direitos os recursos necessários para realização de suas atividades, além de tentarem iludir lideranças dos movimentos populares com diversos favores e privilégios para que abandonem as causas de seu povo.”

Movimentos negros em sua longa experiência de luta de resistência diária na demonstram que inumeras vezes,o Estado Brasileiro, nas suas diferentes esferas municipais, estaduais e federal, é estruturado e, na maioria das vezes intencionalmente administrado, para boicotar a participação popular na formulação de políticas públicas e na definição dos recursos para cada uma delas.Por mais que se criem programas e políticas públicas voltadas à população negra e mais desfavorecida , elas são atualmente desenvolvidas de forma limitada, uma vez que as necessidades da maioria do povo não são tratadas pelos governos como prioridade em seus orçamentos quando comparadas com as ações que visam atender aos poderosos. Neste sentido, também cabe alertar que Políticas Afirmativas não convivem harmoniosamente com a destruição de políticas sociais universais.

Portanto,urge construir uma sociedade onde o Povo exerça o Poder Político e o controle sobre a produção econômica, para que todos se beneficiem do que o conjunto da sociedade produz, e as diferentes contribuições culturais e étnicas sejam respeitadas e tenham visibilidade.

Armando Aguiar.

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