21 dic 2008

Chag Sameach ao Ishuv .É Chanuká em 5769


A História das comemorações de Chanuká

Vista como "Festa das Luzes' Chanuká é, na realidade, uma Festa da Liberdade e dos Direitos Humanos Chanuká é mais do que o restabelecimento da independência do Estado de Israel antigo, é a glorificação da liberdade para todos os povos, é uma resposta universal contra a opressão e a agressão, é uma ação afirmativa garantindo valores e princípios de justiça e de Direitos Humanos que a opressão ameaçava e ameaça ainda hoje. E Para nós judeus significa a defesa de nossa alteridade e a luta contra a assimilação e o esforço para mantenenção do judaísmo ,ainda que em galut

Há mais de 2100 anos atrás os generais de Alexandre da Macedônia, após sua morte, fizeram butim do seu enorme império. E o Reino de Israel foi disputado entre os governantes do Egito e da Síria A terra de Israel, depois de um período de luta, acabou sendo dominada pela dinastia selêucida, que governava a região da Síria.
No ano de 167 da Era Comum, o rei Antioco Epifanio decidiu obrigar todos os povos sob o seu domínio a se helenizarem. A prática de rituais judaicos como o Shabat e a circuncisão foram banidas. O Templo de Jerusalém foi saqueado e os judeus proibidos de praticarem a fé. Era a helenização que desejava que nos curvássemos ao paganismo ,torturando e matando quem se negasse e profanando o Templo Sagrado de Jerusalém, introduzindo nele seus ídolos pagãos. Os greco-sírios fizeram do estudo da Torah um crime. Quanto soldados se aproximavam,as crianças que se dedicavam ao estudo da Torah, trocavam os Livros Sagrados por inocentes piões

Não obstante um grupo de judeus, os Macabeus - um acrônimo do hebraico "Mi Camocha Ba’e-lim Hashem" – "Quem és como Tu, ó D’us ",revoltou-se contra esta opressão e resolveu lutar. Embora o exército greco-sírio fosse muito mais numeroso, os judeus, com a ajuda de D’us, reconquistaram o Templo em 165 a.e.c ,depois de três anos de lutas , e o purificaram. A festa então recebeu este nome em comemoração ao fato histórico de que os macabeus descansaram "chanu" das batalhas no 25º "ká" dia de Kislêv.

Os sírios tinham roubado a Menoráh, candelabro de 7 braços do Templo ,de ouro do Templo, portanto os Macabeus imediatamente fizeram uma nova, porém de metal menos nobre. E embora o azeite impuro pudesse ser usado para acender a lamparina do Templo se necessário, eles insistiram em usar apenas a única ânfora de azeite com o selo do ultimo Sumo Sacerdote justo, Yochanan. A quantidade de azeite deste pote seria suficiente apenas para um dia, porém D’us fez com que durasse, milagrosamente, oito dias, tempo exato para que mais azeite puro fosse preparado.
Em tempos tão difíceis ,aí esta a origem do milagre das luzes de Chanuká , um milagre que se deu de "cima [D'us] para baixo", transcendendo a natureza tal como expressa também o sentido de girar o pião (dreidel). No Dreidel estão inscritas quatro letras hebraicas: ו Nun, ג Guimel, ח Hei e ש Shin , que aludem ao milagre de Chanuká: " Nes- Gadol- Hayá- Sham" ("Um grande milagre aconteceu lá" — em Israel). Cabe ressaltar o valor numérico destas letras é 358, que é o valor da palavra mashiach, aludindo à importância da educação judaica, pois, ao difundir a luz da Torah, apressa-se o advento da época de Mashíach.

Desde a histórica vitória ocorrida em 165 a.e.c., celebramos Chanucá durante oito dias.A festividade comemora a preservação do espírito de Israel. Assim sendo, celebra-se Chanucá apenas espiritualmente, não havendo outros mandamentos a respeito. Sendo proibido qualquer forma de luto público ou jejum,e sem abstenção de trabalho. A chanukiá – candelabro especial da festividade- deve ser acesa diariamente após o aparecimento das estrelas, com exceção da véspera do Shabat.
Observação: Qualquer material incandescente pode ser usado para acendê-la, mas deve-se preferir a luz intensa do azeite ou de velas de cera/parafina, suficientes para permanecer ardendo no mínimo por meia hora. Por isso, se uma vela apagar durante esse tempo - com exceção da noite de Shabat, recomenda-se reacendê-la. Num lugar de destaque, no candelabro, há outra vela auxiliar, chamada shamash. Algumas comunidades usam esta para acender as demais velas; outras, uma vela adicional e por isso um candelabro totalizando nove braços. Por ter um propósito sagrado, a luz da chanukiá não poderá ser usada para nenhum outro fim, como trabalho ou leitura.

Fontes:
Beit Chabad
Revista Morashá

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