"Recorda os dias do passado,lembra-os de geração em geração".Devarim
התקוה
כָל עוד בלבב פנימה
נפש יהודי הומייה,
ולפאֲתי מזרח קדימה
עין לציון צופייה;
עוד לא אבדה תקותנו,
התקווה בת שנות אלפיים,
להיות עם חופשי בארצנו
ארץ ציון וירושלים .
Ouçam aqui: Hino Nacional de Israel - Hatikva
"(...)E a Alma, à casa retorna"
Apos Yom HaZikaron, o dia em memória a nossos mártires das inumeras batalhas ao longo da História do Estado de Israel, chegamos a 5 de Iyar de 5769,neste ano de 2009 correspondente a 29 de Abril.Data em que se comemora a Independência do Estado de Israel em 1948, 61 anos atrás no 14 de Maio de 1948, dia no qual David Ben-Gurion , à frente do partido Mapai -a época o Partido dos Trabalhadores de Israel- declarou o fim do mandato britânico na Palestina e foi decretada a fundação do Estado de Israel
Sionismo não é Imperialismo.Antes de 1948, século antes, já existia movimento sionista
Sempre existiram judeus na região. Mas um movimento de aspiração para o retorno á terra dos antepassados nos tempos modernos data do fim do século XIX quando na Rússia czarista, em conseqüência de inúmeros pogroms(massacres), foi criado o movimento dos “Amigos de Sion” (Hovevei Tzion). Alguns anos mais tarde, na década dos 80 ,os “Biluím” (Casa de Jacó, vamos e iremos) tentou novamente influenciar a população judaica para emigrar a Israel. Mas, as massas de trabalhadores judeus, organizados no “Bund”, uma organização socialista e social-revolucionária, optaram por uma solução política da “questão judaica” através de uma transformação radical das sociedades russa e polonesa, solidários com os socialistas de seus respectivos países.
Revolucionarismo Socialista
Não se admira o número elevado de líderes revolucionários judeus, entre os social-revolucionários e entre os mencheviques e bolcheviques. Com relaçao as terras que ainda estavam em mãos do em decadencia Império Turco Otomano,ntre os anos 1904-1910 ocorreu a primeira grande Alyá e emigração de aproximadamente 10.000 jovens que estabeleceram as primeiras comunidades coletivistas (Kibutzim) e aldeias de vieses socialistas. A segunda Aliá ocorreria após a I Guerra Mundial, formando um número maior de Kibutzim e aldeias cooperativistas. Ainda assim, a massa de trabalhadores judeus preferiu permanecer e lutar por uma sociedade mais justa e socialista nos paises da Europa Oriental, mesmo após os pogroms na Rússia Czarista, em começos do século XX, instigados pelo clero ortodoxo e tolerados pelas autoridades, causando milhares de vítimas, entre crianças, mulheres e idosos como podemos lembrar dos massacres como o de Baby Yar.
Os fugitivos dos pogroms muitos seguiram para os EUA ou então a 'Palestina', onde ampliaram a rede de colônias coletivistas, na Galiléia e no vale de Israel, em condições extremamente precárias, assolados pela malária e, não raramente, pela fome.
Nesse mesmo tempo, ampliou-se e fortaleceu-se o movimento sionista na Europa, inspirado por Teodor Herzl, um jornalista oriundo do império austro-húngaro, profundamente impressionado pela onda de anti-semitismo desencadeada na França, em conseqüência das acusações lançadas contra um oficial judeu do exército francês, condenado por espionagem e traição ao desterro e prisão na Guiana Francesa, o caso Dreyfuss.
No início da I Guerra Mundial na qual a Turquia se alinhou às potências centrais, a Alemanha e o Império Austro-Húngaro, viviam na Palestina algumas dezenas de milhares de judeus ortodoxos, nas cidades de S´fat e Jerusalém e outros em algumas aldeias agrícolas espalhadas pelo país. Com a derrocada do império turco pelas tropas britânicas e os exércitos beduínos Wahabitas recrutados pelo coronel inglês Lawrence, as imensas áreas do Oriente Médio foram repartidas, pelo acordo Sykes-Picot, entre a França e a Inglaterra, segundo o qual caberiam à primeira os territórios da Síria e do Líbano, ficando os ingleses com a parte do leão – o Egito, a Arábia Saudita, o Iraque e a Palestina. Os ingleses ainda tentaram entronar um dos príncipes da casa Hashemita como rei em Damasco, donde foi expulso pelas tropas francesas. Em compensação, os ingleses lhe cederam o trono do Iraque.
A Palestina, outro pomo de discórdia, foi dividida, sendo a parte oriental da cidade de Jerusalém cedida ao Emir Abdalla, um dos filhos do Emir Hussein que tinha liderado as tropas beduínos contra os turcos. A parte ocidental, o futuro território da Palestina, foi reduzido a 27.000 km2, habitados por algumas centenas de milhares de Felahim, agricultores árabes trabalhando em regime de semi-servidão para os “effendis” – os proprietários ausentes, vivendo em Damasco, Bagdá ou Beirut e que acharam um ótimo negócio de vender suas terras ao Fundo Nacional Judeu, sem preocupar-se com o destino de seus habitantes.
No começo da década de 20, iniciou-se uma onda de imigração judaica, numericamente mais expressiva. Eram em sua maioria membros da classe média, de movimentos juvenis, com boa formação escolar, decididos de implantar novas colônias agrícolas coletivistas, em pontos estratégicos do país. Os “halutzim” - pioneiros, viviam de acordo com os princípios socialistas. As decisões importantes sobre a admissão de novos membros; os investimentos prioritários; as construções de moradias ou de infra-estrutura eram tomadas em assembléias gerais, geralmente realizadas no refeitório comum da coletividade. Criou-se um forte ethos de vida e do trabalho em comum, vedando o trabalho assalariado. A educação das crianças desde a mais tenra idade foi coletiva, do berçário até a fase adulta. Os investimentos em infra-estrutura, compra de tratores para a lavoura, de caminhões para o escoamento da produção, tudo obedecia aos princípios do Kibutz, considerado o núcleo de uma nova organização social, mais justa e eqüitativa.
Os palestinos não ficaram passivos diante a contínua expansão das terras e colônias judaicas. Em 1921, irrompeu uma onda de assaltos noturnos às colônias, geralmente rechaçadas pelos colonos, com o apoio hesitante da polícia inglesa.Outro levante, mais amplo e violento, ocorrem em 1929 quando os guerrilheiros palestinos penetraram em vários assentamentos, matando seus habitantes.
Durante os anos que precederam a Segunda Guerra Mundial, a efervescência no meio árabe cresceu, sobretudo com o aumento da imigração de judeus da Europa Central, refugiados da sanha assassina dos nazistas. Em 1936, o parlamento inglês encarregou a Comissão Peel de elaborar um relatório sobre a situação na Palestina e recomendar medidas para reduzir a tensão entre as duas populações. A recomendação mais drástica da Comissão Peel foi a de impedir a entrada no país de novos imigrantes.
O estouro da Segunda Guerra Mundial em 1939, mudou radicalmente o cenário no Oriente Médio e, também, na Palestina.
E o marco socialista...
Após a Segunda Guerra Mundial, a Palestina-Terra de Israel se converteu no principal foco judaico no qual a esquerda, em sua variante sionista, manteve sua posição hegemônica, e inclusive se erigiu em força estatal-governante a partir de 1948.O ramo idishista-diaspórico da esquerda judaica, que atuara onde até então era o principal centro cultural do mundo judeu, a Europa Oriental, fora dizimado pelo nazismo. Os restos que sobreviveram ao genocídio e permaneceram naquela região, fundamentalmente na União Soviética (em grande medida graças ao esforço bélico desta contra a Alemanha de Hitler), foram tambémi vítimas das perseguições stalinistas contra qualquer expressão de autonomia judaica.
A luta no seio do movimento trabalhista, entre a ala central representada pelo Mapai e a ala de esquerda agrupada no movimento kibutziano e representada pelo partido Mapam, influiu em boa medida sobre o rumo do novo Estado em sua primeira década de existência.Era o rearranjo de forças onde a concepção estatista de Ben-Gurion e o dogmatismo do Mapam (que constituía então a segunda força política, com 19 deputados no Knesset) estavam mais afastadas entre si do que a distância que separava o Mapai do bloco religioso, que finalmente integrou a primeira coalizão governamental após as eleições parlamentares de 1949. No contexto da disputa entre a ala central (social-democrata) e a ala esquerda (marxista) do sionismo socialista há que se atribuir um lugar de destaque à importância dos kibutzim na construção daquela nova sociedade que se estruturava.
Logicamente, o movimento kibutziano e suas expressões políticas (Mapam até 1954, ao qual tem que se somar o Achdut Avodá após sua cisão naquele ano) aspiravam que o lugar dominante que o kibutz ocupava no mundo de valores do sionismo pioneiro tivesse uma expressão política concreta na prática do governo de Mapai. Ben-Gurion, por sua parte, priorizava o Estado e as instituições dominadas por seu partido (entre elas a Histadrut, a central sindical) como agentes do desenvolvimento nacional. E com a fundação do Estado se daria inicio ao intenso processo do Direito de Retorno dos judeus sobreviventes do Shoáh e dos milhares de sefarditas-mizrahi ,os judeus culturalmente orientais espalhados desde o Marrocos a India.Le chaim Medinat Israel ,Mazal Tov,61 anos!
*Veja artigo anterior aqui no blog: Yam Shel Dmaot- Canto Sefardita.
ימלא פי תהילתךכל היום תפארתךאל תשליכני לעת זיקנהככלות כוחי אל תעזבני
"Mas dizem os meus motejadores:Que poderias tu,se és um só ,contra tantos? Só deploro ser esmagado pelo número,contudo esses vossos pensamentos e palavras ainda mais refervem meu interior e bradar que é impiedade ter piedade de ímpios,soberbos,contumazes e obstinados.Vencerei-os pela argumentação" Uriel da Costa
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