1 ene 2008

Barros Bastos -marranismo e judaismo no caso Dreiffus português

Capitão Barros Bastos e os judeus em Portugal -Caso Dreiffus português
e outsider da causa marrana no século XX

Interessantemente alguns veiculos de comunicaçao do ishuv tem dado alguma nota a historia desta figura emblematica do do Capitão Barros Basto,Arthur Carlos de BARROS BASTO, para muitos um desconhecido, ele é uma espécie de Caso Dreyfus lusitano,uma historia que merece ser divulgada. Embora não possamos aqui fazer comparaçoes quanto a importancia dos casos, a questão em que Barros Bastos insere-se tem sua singularidade e similitudade primeiro por que ele era um tambem um herói do exército ,aqui o português , e que ao descobrir sua ascendência judaica resolveu retornar à fé ancestral em um processo que marcaria a Historia portuguesa por abrir as portas para os estudos sobre o marranismo em pleno séc XX. Sendo um homem de fé inabalável“Adonai li velo irá” (Tenho D-us comigo, por isso não temerei”)foi sepultado, segundo o seu desejo, com a sua farda de valoroso capitão, e suas medalhas e condecorações obtidas numa brilhante carreira de militar, na implantação da República em 1910, e nas batalhas da Flandres.

Em Portugal, ainda nos dias de hoje e mesmo no Brasil tanto dentro ou fora da Comunidade judaica ainda existem tabus que Barros Bastos enfrentou no inicio do século XXE Isso ,cabe frisar mais uma vez ,por volta dos anos 30 do século passado, em pleno Estado Novo em um país dominado pela intolerância religiosa e pela tentaiva lusa do cientificismo. E que de uma hora para outra centenas de pessoas resolveram sair de seus esconderijos e assumir publicamente seu judaísmo ou simplesmente tendo coragem de dizerem se de origem judaica em varias regioes lusas como a nortenha e de Tras- os- montes. E como hoje em Portugal algo que nos arremete a existencia de judeus como nomes logicamente portugueses,como Moreira, Almeida, Mendes, Affonso,Mello,Vasco, ...outros nem tão incomuns como Melamed,Medina,Benayoum ou aportuguesados do hebraico como Sekher,Anidjar,Azoulay,Fourtune,Choucroum,...mas que a primeira vista pareceriam apenas um conto da carochinha ou exotismo.

Voltando ao Capitao Barros Bastos, alem da fronteira do atavismo e o do não proselitismo, ,apos sua conversão (ou retorno ,como se referia)enfrentou a Igreja e o governo que não gostaram da história e forjaram um processo contra Barros Basto, e dentre inumeras acusações ,como de sedição e homossexualismo,acabou expulso apos execlação moral, do exército português pelo simples fato de sua descoberta. Barros Basto foi um verdadeiro apóstolo dos Marranos, aos quais dedicou a sua vida e padeceu por eles, morrendo na desgraça, quando todos à sua volta estavam convencidos de que a sua Obra tinha sido vencida pelos duros golpes infligidos pelos seus inimigos, de fora e de dentro.

Mas Barros Basto não era um Marrano a stricto senso, porque esse termo designa o judeu forçado a converter-se ao cristianismo, cuja família continuou a praticar a religião dos seus pais, em segredo, consciente do perigo de morte em que incorria.Barros Basto era descendente desses judeus convertidos pela força – revelou-lhe muito em segredo, seu avô, na biblioteca da casa em Amarante, quando ele tinha apenas 8 anos. Era um segredo que, em cada geração, só um membro da família Barros Basto guardava. E o avô, antes de morrer, escolheu Arthur, e não o pai deste, para depositário desse segredo.A família não guardava qualquer preceito judaico, e, pelo contrário, sua extremosa mãe era católica muito praticante, que o levava à Igreja, e tinha grande desgosto pela aversão que a criança demonstrava, sem saber porquê, aos círios e às procissões.

Da existência de judeus em Portugal só soube em 1904, quando leu num jornal que havia sido inaugurada uma sinagoga em Lisboa.Foi nessa sinagoga que ele tentou ser admitido, quando, anos mais tarde, o exército o mandou frequentar um curso na Escola Politécnica, em Lisboa.Mas os dirigentes da sinagoga dissuadiram-no. Não só porque o judaísmo é adverso a aceitar prosélitos, como porque os judeus de Lisboa se sentiam ainda apenas “tolerados” e temiam ser acusados de missionarismo.Assim o jovem oficial português não foi às cegas para o judaísmo. Pelos seus próprios meios, como autodidata, ele estudou profundamente e comparou as principais religiões: além do Judaísmo, o Cristianismo, o Islão, e as doutrinas teosóficas de Madame Blavatsky e de Steiner.Vendo baldados todos os seus esforços para ser aceite pelos judeus, aos quais, segundo a revelação de seu avô, ele pertencia, Barros Basto entendeu que, para ser um homem digno não era necessário ser admitido na sinagoga,mas fez valer o esforço de sua origem que até então era objeto de obscurantismo pela familia neste Portugal catolico e que a séculos se esforçara em apagar suas origens impuras.

Cabe tentar compreender aqui um Portugal que no desenlace dos séc XIX e XX rivalizava a colonizaçao da Africa com potencias europeias nas ciencias e estudos antropologicos e que atraves de Barros Bastos ganhava o problema de sua origem 'impura' judaica.Portugal queria firmar se como nação homeogenea e atraves de um renomado capitão obtinha a ingloria de admitir que o sonho luso teria de admitir velhas diferenças .

Um exemplo de sua luta é a Sinagoga Kadorie, do Porto, por Barros Bastos erigida,e que é um magnífico prédio que abriga a coletividade judaica local. A comunidade israelita portuguesa iniciou uma mobilização para a revisão do seu caso. A campanha foi lançada há poucos dias e recebeu um número impressionante de adesões. É preciso que a coletividade judaico-brasileira tome conhecimento desse fato e possa participar assinando a petição on-line cujo link segue abaixo.

http://www.petitiononline.com/benrosh/petition.html

*em breve adentraremos mais a questão acerca do Marranismo no Brasil e em Portugal.


Revisionista carioca de um parlamentar do DEMOCRATAS(antigo PFL e ARENA na Ditadura)

Aqui um exemplo da Camara Carioca :Há alguns dias o Jornal da Comunidade Judaica ,o ALEF, divulgou que o vereador Wilson Leite Passos-DEMOCRATAS(PFL) RJ havia colocado em dúvida a existência o Holocausto no plenário da Câmara Municipal do Rio de Janeiro .(mas para quem assistiu na Tv Camara RJ vai compreender o quanto da empolgaçao deste sinhô ao dizer as palavras ...era burlesco,com dantesca eloquencia de um biltre moralista)

Cabe lembrar que o mesmo Sr Wilson Leite Passos sempre esta presente com seus discursos moralistas, com tendencias homofobicas e elitistas...O 'sinhôzinho cre perfeitamente que deve existir os que comandam e os que são comandados...Devemos atenção a este tipo de individuos que em seus discursos inviesados vão contra direitos e respeito de minorias não só a judaica.É o tipo de gente que na Camara Municipal ou nas Instancias Estadual e Federal prega uso de caveirao em favelas,remoçao de favelas sem discutir falta de politica de habitaçao e transportes para os menos abastados, gente que prega maioridade penal aos 16 anos(por que entao nao aos 12, 10,8 então?)sem pensar na falencia do sistema que pune apenas os mais pobres e não o peculato ,a industria de habeas corpus e o colarinho branco...Mas agora não dá para esconder seu ultimo feito...Mas SR Wilson Leite não é o problema.Problemas piores são os que usam a argucia em atos e palavras...E convencem sem explicitar as vias de fato!!!

Direito de divergir?Alguns disseram que sim,para colocar panos quentes!Mas e quanto a veemencia do mesmo perante a plenaria exibida em TV!Era explicita...Abaixo, a íntegra do pronunciamento do parlamentar .

“Não se pode impor às nossas crianças que aceitem como algo consagrado este ou àquele assunto que ainda está sendo debatido e discutido. Não faço esta manifestação como uma posição de agravo aqueles que procuram fazer do chamado Holocausto um assunto de grande importância para o conhecimento da sociedade. É apenas para impedir que as nossas crianças sejam obrigadas a aceitar como fato consagrado a existência do Holocausto quando ainda existem dúvidas e discussões variadas em todo o mundo”. do Sr.Wilson Passos DEMOCRATAS RJ

Vamos lembrar das palavras de uma amiga quanto aos estudos de pesquisa genetica realizados pela PUC RS em meninos com disturbios e problemas de sociabilidade(crianças de rua,...) O absurdo estudo e seu viés nos arremete ao estudo cientifico -segregacionista...é a colocaçao em foco o progresso e adaptação,não obstante seleçao, da espécie,para reforçar estereotipos e preconceitos!!!E pesquisa para violentar o respeito a população mais pobre e negra mais discriminada e vitimas da injustiça social tem percentual maior que o de brancos ,nas ruas do Sul e de qualquer canto do pais.

Racismo velado e academicista!!!A Alemanha tambem fez isto com so judeus e ciganos na II Guerra!

De olhos abertos!Manifestem-se!

3 comentarios:

Anónimo dijo...

OI.
Não faço parte de nenhum grupo religioso, mas amo a Deus, sou estudiosa do judaismo e sempre busco notícias.
Encontrei este Blog procurando por algum vestigio de judeus por Nilópolis. Como vivo na cidade fui dar uma olhada na Sinagoga, que para minha surpresa e bem próxima de minha casa. Tive a surpresa de deparar com um portão minimo que abre para um corredor e lá no fundo fica a sinagoga. Da rua só e possível ver uma tira da parede mas pela estrela do portão de ferro pude concluir q era ali q eu devia procurar. Ela e linda! Mesmo em ruinas!
Não consigo entender como em uma cidade q igrejas Pentencostas são abertas quase q uma ao lado da outra, uma Sinagoga possa estar abandonada! Eu amo a Deus e me senti muito triste.
Tenho fé q voltarei aquela Sinagoga e a verei reluzente, cmo deve ser uma casa de adoracao a Deus.

נחמיה יצחק dijo...

olá,

sobre seu comentário no "Vidas Marranas" ha outro artigo chamado "Judeus em Nilopolis" E "Sou teu D-us , em Nilopolis".

A sinagoga devera no futuro ser tombada como patrimonio historico da cidade, assim creio.Mas nao ha mais judeus na cidade,a comunidade migrou para a capital ,sobrando alguns ultimos idosos.Porem um documentario foi feito sobre a comunidade que existiu no passado, e o cemiterio voltara a ser utilizado ,porque novas vagas estao sendo necessarias

obrigado pelo comentário e o carinho manifestado


Armando Aguiar.

Anónimo dijo...

intiresno muito, obrigado