23 ene 2009

Ainda sobre o Hamastão - Gaza e ação do Tzahal

"Hay un solo día en la vida y un solo momento propicio: ¡Hoy! Ayer no existe más, mañana es otro mundo, el mejor día para comenzar es hoy.

Los Tzadikim, de todos los tiempos y de todos los países, han logrado alcanzar su grado de perfección mediante la relación personal que mantuvieron con Dios por medio de la plegaria y el Hitbodedut"

Ainda sobre Gaza...

Os líderes militares de Israel sabem que, em função da situação na Faixa de Gaza, será muito difícil chegar a uma vitória militar total e inequívoca. A falta de solução pode resultar numa situação ambígua, similar à que já tínhamos: Israel atacará o Hamas, este atacará e será atacado, ficando assim indefinida e involuntariamente prisioneiro de todo tipo de armadilha que tal situação implica. Sem avançar em direção a qualquer objetivo realmente importante.

Israel pode descobrir que, apesar de seu grande poder militar, será incapaz de se ver livre dessa armadilha, de escapar desse redemoinho de violência e destruição. Eles não compreendem que a fúria e o ódio suscitados pelas imagens dessas vítimas civis - no mundo todo e em particular no mundo muçulmano - são muito mais ameaçadoras para a segurança de Israel do que todos os mísseis do Hamas juntos?

A ação israelense seguiu uma tática de guerra clássica, ineficaz no combate a essa espécie de guerrilha urbana que utiliza civis como "escudos humanos". É praticamente impossível atingir objetivos militares, sem causar importantes danos à população inocente. Assim, os intensos bombardeios por ar e mar e a invasão da Faixa de Gaza por soldados israelenses já causaram enormes perdas humanas e materiais, contribuindo para uma escalada da espiral do ressentimento, do ódio e da violência, levando a uma virtual derrota de Israel na “guerra da propaganda”.

Dos dois lados da fronteira, as bombas e foguetes estão semeando uma geração de pessoas que terão ódio do adversário com quem um dia terão que viver em paz. Em troca Israel recebe criticas com barbaridades das mais ofensivas, e por isso disparadas com mais gana, no que vemos as mais indignas comparações com o nazismo e com os guetos onde os nazistas e seus muitos colaboradores europeus confinavam os judeus da Europa antes de exterminá-los. Abundam ainda aqueles que, como os nazistas, se dedicam à desumanização dos judeus israelenses, que querem transformá-los em lobos atrás do sangue das crianças palestinas, em pessoas sem alma que querem destruir Gaza pelo prazer de matar palestinos.

Todavia cabe a autocrítica quanto a estratégia usada pelo Tzahal como já vem sendo demonstrado desde a Guerra do Vietnã, a via militar não está resolvendo mais nenhum conflito regional no mundo. Está claro para as grandes potências que uma eventual guerra nuclear teria soma zero, sem vencedores. Por outra parte, a guerra clássica não tem condições de vencer táticas utilizadas por grupos terroristas como o Hamas e o grupo islâmico Hizbolá no Líbano.

Aliás, a ação militar israelense está, surpreendentemente, repetindo o equívoco que semeou a incursao ao Sul do Líbano , numa ação que provocou perdas humanas e materiais irrecuperáveis e não trouxe qualquer sucesso palpável em termos de segurança no norte do país. Ao contrário, só reduziu simpatia a Israel na comunidade mundial.

O Hamas tem que saber que enquanto caiam foguetes em Israel, serão eles os responsáveis pelos mortos palestinos.Israel tem que saber que enquanto insistir no bloqueio e na fome sobre Gaza, serão eles os responsáveis pelos mortos israelenses.Uma decisão israelense de cessar-fogo provocará dois possíveis efeitos: ou o Hamas prosseguirá os bombardeios, ou também cessará o fogo. Na segunda alternativa, a desejável, assistiremos a um esforço diplomático com vistas a alcançar um acordo que responda à necessidade de segurança dos cidadãos israelenses do sul, bem como às condições básicas de vida da população de Gaza. Caso prevaleça a primeira alternativa, aí Israel se encontrará livre para agir, e dessa vez com maior apoio da comunidade internacional e da opinião pública israelense

A força, nós já a mostramos. Agora é preciso mostrar um pouco de inteligência.Uma invasão terrestre de Gaza, ou a continuação das mortes, não faz senão aumentar a hostilidade e afastar qualquer chance de alcançar aquilo que constitui um interesse vital para Israel: um acordo de paz com os palestinos. Os dirigentes do Hamas não são aliados na busca de paz. Mas os habitantes de Gaza são. É por essa razão que é preciso chegar às discussões de paz, e preservar as chances desta, nem que seja pela força. O futuro de Israel não está no estreito campo visual dos binóculos militares; a visão deve servir, acima de tudo, a não se perder de vista o objetivo

Ainda que Israel conseguisse matar todos os combatentes do Hamás, até o último homem, ainda assim o Hamás venceria. Os combatentes do Hamás passarão a ser vistos como exemplos para o mundo árabe, heróis do povo da Palestina, exemplo a ser copiado para todos os jovens árabes. A Cisjordânia cairá no colo do Hamás, como fruta madura. O Fatah naufragará num mar de escárnio, vários regimes árabes estarão sob risco de colapso.Se, ao final dessa guerra,que nao acabou com este cessar fogo ,e sei, ainda vai existir um Hamás , dilacerado, que seja mas por outro lado com mais e mais adepto ,'sobrevivente' à fuzilaria da máquina militar de Israel, para eles sempre será a mais prodigiosa das vitórias, e será fantástico, será como o 'espírito que derrotou a matéria'.

E na consciência do mundo estará fixada a imagem de uma Israel sedenta de sangue, pronta para, a qualquer momento, cometer os mais atrozes crimes de guerra, que nada detém, nenhuma rédea moral. As consequências serão muito severas, para o futuro de longo prazo de Israel, para nossa existência no mundo, para as chances de Israel algum dia poder viver em paz e sossego.No fim a guerra de Gaza é, sobretudo, guerra contra Israel, também. É crime contra o Estado de Israel.

4 comentarios:

Anónimo dijo...

gaza ta um lixo.e o hamas ainda continua.

pra que serviu a guerra so pra israel se desgastar com a opiniao publica

anti semitismo aumentou
as criticas a israel
e pior que politicamente favoreceu a direita de lá

ou seja... gastou se , matou-se e morreu de certa forma

saudade do itzkah rabin cara

Anónimo dijo...

oi tudo bem?

aqui a "Ju" manda por email os textos

beijao

נחמיה יצחק dijo...

Não vou tecer criticas a quem critica a ação do Tzahal, mas a maneira como e feita a critica em si, tal como um poema que reli a pouco em outro endereço eletronico ,um poema que protesta sobre Gaza, com um ingenuismo sem tamanho. Ha claro valor literario, a verve sentimental expressa em palavras que conclamam a atençao "ó judeus". Mas nesta pequena conclamaçao o erro:a generalização. 'Judeus da guerra'?Então existem os 'judeus da paz'.Ou como judeu, diria que não existe esta separação:são judeus e que agem ,pensam como qualquer agrupamento humano. Em comum antepassados perseguidos em pogrons, inquisiçao, holocausto, etc , mas que hoje em Eretz tambem se manifestam contra a incursão efetuada em Gaza. Isto pocuo repercute infelizmente.

AS insinuações de Sionismo= Nazismo servem para criar a pecha:do judeu agora algoz e não perseguido, e claro, questionar a criação do Estado de Israel.Fatores historicos que se questionados devem ser levados a questionar a fundação de todo Estado Naçao moderno, a Europa inclusive...

Fala-se de Gaza, claro, um desastre em todo sentido.Mas se Israel desejasse um genocidio, o teria feito em 1971 quando seria oportuno, em questoes de conflito e guerra contra exercitos arabes.ao contrario, a matança ocorreu em seguida na Jordania, quando o Rei ,desde Aman sufocou com força rebeldes e populaçoes arabe palestinas, no chamado 'Setembro Negro'

נחמיה יצחק dijo...

* Ju, perfeito.Envia a questao pelo email. Beijao !