28 ene 2009

LULA EM CERIMONIA EM MEMÓRIA ÀS VITIMAS DO HOLOCAUSTO



"Recorda os dias do passado,lembra-os de geração em geração".Devarim

Mais de 1.000 pessoas lotaram ontem a Sinagoga Beit Yaacov (Safra), em São Paulo, para assistir a cerimônia em memória das Vítimas do Holocausto, em data instituída pela ONU.

O evento contou com a presença do Presidente Lula, do ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso, Governador José Serra, Prefeito Gilberto Kassab, Ministra Dilma Rousseff, Ministro Paulo Vanuccchi, Embaixador de Israel Giora Becher, Cardeal Arcebispo de São Paulo Dom Odilo Scherer, Governador da Bahia Jaques Wagner, Senador Aluizio Mercadante, Senador Romeu Tuma e os presidentes da CONIB, Claudio Lottenberg, FISESP, Boris Ber e FIERJ, Lea Lozinski.

As autoridades presentes foram introduzidas na Sinagoga pelo seu Presidente Sr. Joseph Safra.

O Presidente da Associação dos Sobrevivente do Holocausto, Ben Abram, foi entusiasticamente aplaudido ao ser chamado para acender uma das seis velas em homenagem aos 6 milhões de judeus mortos no Holocausto.

Dos oradores, o Rabino David Weitman foi o mais aplaudido, após proferir emocionado e emocionante discurso.

(Fotos Presidencia da República e Exclusivas Rua Judaica)

Discurso do Presidente Lula:



Meus amigos e minhas amigas,

Agradeço o convite para participar, pelo quarto ano consecutivo, do Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto. Eu posso dizer que me sinto pessoalmente envolvido com a instituição desta data. Em agosto de 2004, recebi de uma comitiva do Congresso Judaico Mundial e de líderes comunitários brasileiros – certamente alguns deles estão aqui presentes – uma petição à ONU solicitando medidas mais concretas na luta contra o anti-semitismo. Assinei de imediato o documento, afinal, o Estado brasileiro foi co-patrocinador de diversas resoluções da ONU afirmando a importância de rememorar aquela tragédia. Mais tarde, eu soube que o Brasil foi o primeiro país a subscrever aquela petição. Soube também que ela serviu de base para consagrar 27 de janeiro como o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto. Hoje, como em todos os dias, devemos nos empenhar na luta da memória contra o esquecimento. É preciso manter viva a lembrança, para que nunca mais se repita o assassinato em massa, o genocídio como ideologia e a limpeza étnica como razão de Estado.

O regime nazista promoveu a mutilação espiritual, a humilhação moral, a ruína material e a eliminação física de milhões de homens, mulheres e crianças. Vitimou judeus, comunistas, homossexuais, negros, ciganos, testemunhas de Jeová e todos que considerou inferiores na raça, no credo e na cor. O holocausto marcou o auge da crueldade humana e configurou o maior episódio de violência e covardia de nossa história, um episódio que não deveria ter ocorrido e que não pode nunca mais voltar a ocorrer. É certo que a intolerância e a xenofobia ainda não foram totalmente extintas. No entanto, em todo o mundo a sociedade vem dando importantes passos na superação dos preconceitos. Um grande exemplo acaba de se concretizar nos Estados Unidos. Lá, há poucas décadas, negros e brancos não tinham os mesmos direitos. E hoje, pela primeira vez, um negro é presidente dos Estados Unidos. O combate ao ódio e à discriminação já não é um grito isolado, mas integra o ideário das sociedades dos mais diferentes países.

Ao participar deste evento, ano após ano, busco demonstrar o profundo respeito que eu e todo o governo nutrimos pelas comunidades que compõem a grande nação brasileira. Eu me orgulho de ser presidente de um país marcado pela diversidade, onde a tolerância garante o respeito mútuo a todos. Temos uma legislação clara e rigorosa no que se refere a todas as formas de intolerância. Somos uma das poucas democracias do mundo, talvez a única, em que a Constituição garante que para crime de racismo não deve existir nem fiança, nem prescrição. O Brasil não aceita discriminação. Judeus e árabes, sejam religiosos ou não, convivem pacífica e harmoniosamente em nossas cidades, dividem espaços e compartilham a construção e o desenvolvimento do Brasil. Por isso, o conflito entre Israel e Palestina, no Oriente Médio, atinge os corações e as mentes de todos, e nos obriga a evitar que o ódio contamine o nosso país. Mais do que tudo, o Brasil pode se valer dessa convivência pacífica para colaborar para a construção da paz.

A diplomacia brasileira tem uma larga tradição de atuar de forma conciliatória na solução de conflitos, e no que se refere aos povos israelense e palestino, nosso Estado vem ao longo de seis décadas ratificando as resoluções internacionais que têm por objetivo garantir a coexistência pacífica e segura de dois Estados soberanos. Esse tem sido o sentido de todas as nossas manifestações, pois só assim alcançaremos a paz naquela região. Eu tenho me esforçado pessoalmente para impedir que o ódio mútuo, acumulado ao longo de décadas, acabe sufocando ainda mais as alternativas de paz. Como vocês sabem, recentemente determinei ao chanceler Celso Amorim que viajasse à região com o objetivo de apoiar os esforços para o cessar-fogo, o alívio da situação humanitária e o estabelecimento de uma paz reguladora. Na ocasião, a diplomacia brasileira reiterou às autoridades sírias, israelenses, palestinas, jordanianas e egípcias, a necessidade de se evitar mais mortes e sofrimento na população civil de ambos os lados.

Lembramos às partes envolvidas que há outros atores interessados em agir a favor de um entendimento, e a paz só tem a ganhar com a participação de países como o Brasil. Todos sabem que o Brasil não está interessado nos resultados políticos e nos dividendos econômicos que podem ser obtidos na região. Nosso interesse exclusivo é o de contribuir para a paz duradoura e definitiva na região. O Brasil tem condições e credenciais para participar, junto com outros países, de iniciativas que conduzam a um consenso para superar a violência e a irracionalidade. Por isso mesmo, apoiamos a realização de uma conferência internacional em seguimento à reunião de Annapolis, ocorrida em novembro de 2007, como um passo importante para o restabelecimento da paz na região, com base no reconhecimento do direito de constituição do Estado palestino viável, e da existência de Israel em condições de segurança e de soberania. O Brasil não aceita a escalada da violência como solução para os conflitos.

Lamentamos profundamente a morte de civis, mulheres e crianças. Conclamamos o pronto estabelecimento das condições que permitam a plena retomada da assistência humanitária à população de Gaza e a tranquilidade para a população de Israel. Guardo uma profunda esperança na construção do diálogo e continuarei empenhado para que, o mais rápido possível, aquela região viva uma trégua consistente que seja prenúncio de uma paz duradoura. Que este Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto ajude a todos os homens e mulheres a se recordarem das iniquidades que tanto macularam a trajetória da Humanidade. Que ele fale à consciência coletiva sobre a necessidade de se reparar os danos sofridos no passado, de se interromper as injustiças do presente e de se evitar tragédias no futuro. Espero, sobretudo, que este dia nos convide a olhar para as novas gerações, que não podem ser hostilizadas pelos erros cometidos por seus antepassados. Devemos garantir que as crianças e jovens se desenvolvam em um ambiente onde a desconfiança mútua seja substituída pelo preceito bíblico, quando diz: “Ama teu próximo como a ti mesmo”.

Shalom. Muito obrigado.


8 comentarios:

Anónimo dijo...

sinistro

Anónimo dijo...

seis milhoes de mortos caçados como um mal a ser extirpado

valeu enviar professor!

Anónimo dijo...

Tenho acompanhado seus artigos .Você colocou da Judeus Progressistas. Bem, interessante poder divulgar que há ainda judeu que pensa é que não apenas reproduz.Que há judeu com senso progressista e na Esquerda. Não falo dos nomes já reconhecidos, falo de gente da comundidade. Bom, poder saber que assim que como eu há mais outros...

Agora o comentário: E o Lula heim???Sujeitos como Blinder,Mainardi e os intelectuais pagos para defender ...O chamam de apedeuta como eu li em um artigo e comentarios infelizes em espaços nossos.Mas ele é um fora de série em se tratando de politica.Tenho vergonha em como a Federaçao Paulista já elegeu o Serra como seu queridinho.E sempre quer tirar um tasco do Governo .Aqui o Goldman é vice governador de SP,então,imagine.

Sinceramente também sei do disse e me disse sobre a nota oficial do PT, a carta do Pomar foi em resposta a isto, com certeza.E ele foi é muito diplomatico para não criar um incidente e ser chamado de anti-semita. eu não reprovo a carta que ele escreveu .E sabe por que? Tanto atacam a esquerda que é 'anti semita'.Eu diria que há alas na comunidade que são 'anti esquerda' com um tipo de moralismo barato e deploravel. Não querem a ditadura contra eles (nós- porque sou também judeu)mas se fosse contra os esquerdistas são a favor, algo notado nos comentários e em como há um senso comum sobre lei e ordem que inumeras vezes me fazem pensar se estas pessoas o fazem por complô ou por burrice!!!A relaçao com movimentos progressitas destas pessoas com poder na midia e economico é terrivel.Voce não tem ideia do que acontece em SP.Certa Instituição carro chefe aqui então ,que se diga:é uma lavagem de cérebro!Mas claro, lavam suas mãos com as obras de assistência.Coisa barata!

O elitismo que hoje evidencia-se na comunidade judaica é que irá destrui-la por que a maioria cada vez é mais laica e somente em momentos como o de conflitos rapidamente e hipocritamente se tornam judias novamente.E um tipo de comportamento até compreensivel, mas a falta de discussao, de dialogo faz com que repitam bobagens sem olharem para o passado , mas apenas para o proprio umbigo.E isto ao invés de aproxima-la dos setores que podem a proteger, a aproximam dos setores anti- revolucionários e conservadores, elitistas, à parte do povo.Falo isto por que o passado de minha familia é humilde.Gente oriunda do Egito. Comerciantes comuns e eu hoje funcionario publico.E hoje penso em como muitos cospem no que foram ou os seus familiares.Se aburguesarem!

Fico triste na onda islamofóbica que também anda por aqui.Se entrar no orkut vai ler cada idiotice.Mas se fizer parte do meio social, então se tiver um minimo de autocritica você ficará assustado.

Se quisermos dizer que somos democracia no Oriente,. que nossos valores são a vida e respeito, a começar então com a quebra destes preconceitos e este elitismo decadente!

Abraço também Companheiro! PT Sempre!Shalom!Sou judeu e não nego. Mas também declaro:sou PT sim! E também tenho orgulho!

Dilma 2010!!!

Erlon.

Anónimo dijo...

São Paulo, 30 de Janeiro 2009

Saudações (Neemiah*?)

Tenho acompanhado seus artigos .Você colocou da Judeus Progressistas. Bem, interessante poder divulgar que há ainda judeu que pensa é que não apenas reproduz.Que há judeu com senso progressista e na Esquerda. Não falo dos nomes já reconhecidos, falo de gente da comundidade. Bom, poder saber que assim que como eu há mais outros...

Agora o comentário: E o Lula heim???Sujeitos como Blinder,Mainardi e os intelectuais pagos para defender ...O chamam de apedeuta como eu li em um artigo e comentarios infelizes em espaços nossos.Mas ele é um fora de série em se tratando de politica.Tenho vergonha em como a Federaçao Paulista já elegeu o Serra como seu queridinho.E sempre quer tirar um tasco do Governo .Aqui o Goldman é vice governador de SP,então,imagine.

Sinceramente também sei do disse e me disse sobre a nota oficial do PT, a carta do Pomar foi em resposta a isto, com certeza.E ele foi é muito diplomatico para não criar um incidente e ser chamado de anti-semita. eu não reprovo a carta que ele escreveu .E sabe por que? Tanto atacam a esquerda que é 'anti semita'.Eu diria que há alas na comunidade que são 'anti esquerda' com um tipo de moralismo barato e deploravel. Não querem a ditadura contra eles (nós- porque sou também judeu)mas se fosse contra os esquerdistas são a favor, algo notado nos comentários e em como há um senso comum sobre lei e ordem que inumeras vezes me fazem pensar se estas pessoas o fazem por complô ou por burrice!!!A relaçao com movimentos progressitas destas pessoas com poder na midia e economico é terrivel.Voce não tem ideia do que acontece em SP.Certa Instituição carro chefe aqui então ,que se diga:é uma lavagem de cérebro!Mas claro, lavam suas mãos com as obras de assistência.Coisa barata!

O elitismo que hoje evidencia-se na comunidade judaica é que irá destrui-la por que a maioria cada vez é mais laica e somente em momentos como o de conflitos rapidamente e hipocritamente se tornam judias novamente.E um tipo de comportamento até compreensivel, mas a falta de discussao, de dialogo faz com que repitam bobagens sem olharem para o passado , mas apenas para o proprio umbigo.E isto ao invés de aproxima-la dos setores que podem a proteger, a aproximam dos setores anti- revolucionários e conservadores, elitistas, à parte do povo.Falo isto por que o passado de minha familia é humilde.Gente oriunda do Egito. Comerciantes comuns e eu hoje funcionario publico.E hoje penso em como muitos cospem no que foram ou os seus familiares.Se aburguesarem!

Fico triste na onda islamofóbica que também anda por aqui.Se entrar no orkut vai ler cada idiotice.Mas se fizer parte do meio social, então se tiver um minimo de autocritica você ficará assustado.

Se quisermos dizer que somos democracia no Oriente,. que nossos valores são a vida e respeito, a começar então com a quebra destes preconceitos e este elitismo decadente!

Abraço também Companheiro! PT Sempre!Shalom!Sou judeu e não nego. Mas também declaro:sou PT sim! E também tenho orgulho!

Dilma 2010!!!

Erlon.

Anónimo dijo...

Para sua informação ,do Alef.

VENEZUELA URGENTE - VÂNDALOS ATACAM SINAGOGA EM CARACAS


Um grupo armado de 15 pessoas dominaram os dois seguranças da mais antiga sinagoga de Caracas, capital da Venezuela, invadindo o local na noite de sexta-feira passada, onde permaneceram até às 3 horas da madrugada de sábado . Neste ato que representa o mais grave incidente contra os judeus venezuelanos ocorrido até hoje, os vândalos destruíram objetos religiosos e grafitaram as paredes da casa de orações com frases como “Nós não queremos assassinos e judeus, saiam.” O ministro do exterior da Venezuela, Nicolas Maduro, condenou o ataque mas disse que respeitava o povo judeu e pedia respeito ao povo palestino e ao seu direito de viver.

Os líderes da comunidade judaica da Venezuela, estimada em 15.000 pessoas, denunciaram que chamamentos feitos por Chavez contra Israel, e os ataques da imprensa patrocinada pelo governo, encorajaram os ataques de sexta-feira.

“Estas declarações permeiam a sociedade” disse Abraham Levy, presidente da Confederação Venezuelana das Associações Israelitas”. O incidente obrigou a sinagoga a cancelar os ofícios religiosos do sábado.

Vale lembrar, que recentemente uma comitiva de dirigentes do Congresso Judaico Mundial e do Congresso Judaico Latinoamericano estiveram reunidos com Hugo Chaves, em Caracas, e anunciaram que Chavez havia prometido combater o anti-semitismo. Na época, a imprensa israelense reagiu com ceticismo a este anuncio, pois
Chavez é aliado de Mahmoud Ahmadinejad do Irã.

O governo demagógico e ditatorial de Chavez mostra suas garras ao permitir uma constante campanha na mídia que difama o Estado de Israel e estimula atos anti-semitas como a violação e a depredação de uma sinagoga.


Qual seu comentário sobre? Chavez não é seu compañero de ezquierda?

Anónimo dijo...

A mídia regional que apóia Chávez divulga quase que diariamente noticias e estórias anti-semitas - e não apenas anti-Israel. No dia 22 de janeiro uma história de autoria de Emilio através do www.aporrea.org conclamava para ''denunciar publicamente, com os seus nomes completos, os membros dos poderosos grupos judaicos que tenham presença na Venezuela”, e também publicamente exigia que “qualquer judeu em qualquer rua, praça pública ou centro comercial, assuma uma posição através de gritos com slogans de apoio à Palestina e contra o aborto de Estado que é Israel

נחמיה יצחק dijo...

Meu caro,
Não sei quem és, tampouco irei ataca-lo ,ainda que anônimo ou não. Este tipo de comportamento simplório e de acusações, a qualquer grupo, digo bem claro,qualquer grupo, em nada acrescenta senão inventa e cria perseguições, historias de conspiração,etc ,etc. Ou seja, consiste em uma grande irresponsabilidade tal comportamento de alguém que planeja mostrar-se bem informado. Opinião é diferente de mera repetição.Por favor, não me atenha a um chavismo.Tampouco sou a um esquizoide vitismista.

Se interessar ,leia, o que coloco abaixo.

Ass: Vidas Marranas.blogspot

CARACAS (AFP) - O presidente venezuelano, Hugo Chávez, reiterou nesta quarta-feira sua condenação ao ataque contra a principal sinagoga de Caracas, enquanto o chanceler Nicolás Maduro se reuniu com dirigentes da comunidade judaica venezuelana para expressar seu respeito por esse grupo religioso.


"Acusam-me de anti-semita. Não, eu não odeio os judeus e faço um apelo aos judeus venezuelanos para que não se deixem manipular. O governo rejeita qualquer agressão a qualquer templo judaico, católico, muçulmano, ou de qualquer credo", insistiu.
Na madrugada de sábado, desconhecidos invadiram a Sinagoga Principal de Caracas, onde destruíram objetos de culto e escreveram frases como "Israel, malditos" e "Fora, judeus", nas paredes.

Chávez denunciou que "a burguesia venezuelana" tenta transformar a invasão em um "escândalo mundial" para gerar um clima de violência adverso ao governo, às vésperas do referendo para emendar a Constituição.

Após se reunir hoje com líderes judeus, o chanceler garantiu que "foi uma conversa muito frutífera (...) Nós lhes dissemos pessoalmente, em nome do presidente (Hugo) Chávez, nosso repúdio e a condenação absoluta ao ataque contra o local sagrado da comunidade judaica na Venezuela".
Maduro declarou que o ataque foi uma "operação cirúrgica com um alto nível de profissionalismo" e disse acreditar em que a investigação levará aos responsáveis.

"Vamos capturá-los e vamos puni-los com todo o peso da lei, quem quer que seja", prometeu o chanceler.

Anónimo dijo...

Olha, os comentários estão tão animados quanto aos posts. Criou-se um debate???Então minha rapida opinião ao Vidas Marranas (?):Odeio o Chavez. A mim ele é tão carlista quanto qualquer outro populista.Mas sinceramente, nem paro para tirar proveito e critica-lo de anti-semita.Não tenho desprezo por ser um líder latino,da mesma forma que nem me preocupo com as trapalhadas do Lula quando fala com seus jargões sobre Israel e Palestina. Para além disto, sim, é necessário é discutir o que Israel faz e como deve agir ou não agir. E cabe ao cidadão israelense se manifestar nisto, por que para o judeu longe de Israel, fica dificil ter clara visão tanto do sofrimento dos civis em Israel e a constante apreensão, bem como dos problemas pelos quais passa a população de Gaza.

Uma nota que deixo aqui :

RIO DE JANEIRO - Na última terça-feira, e por decisão da ONU, foi comemorado o Dia do Holocausto, uma celebração que toca a fundo não apenas aos judeus, vítimas da barbárie, mas a toda a humanidade. Há extensa literatura sobre o assunto, depoimentos de vítimas, algumas ainda sobreviventes. Conheci pelo menos umas cinco ou seis pessoas que ainda trazem no braço a marca dos campos de concentração.

Há fotos e filmes suficientes, além de documentos oficiais do regime nazista, que comprovam a insanidade da tentativa de exterminar os judeus da face da Terra. E há, sobretudo, o livro que Hitler escreveu na prisão, antes de tomar o poder e depois do fracassado "putsch" na cervejaria em Munique.

Neste livro, com brutal sinceridade, o autor anuncia tudo o que faria se chegasse ao poder. No varejo diplomático, Hitler mentia muito, mas o núcleo de seu pensamento (e de sua personalidade) está explícito sem subterfúgios naquilo que ele chamou de "Minha Luta". O ódio ao judeu é exposto em quase todas as páginas. Em sua demência racial, ele tinha um nojo físico por aqueles que não eram arianos.

No caso dos judeus, havia ainda o ressentimento econômico e cultural, que mais tarde desembocaria na "solução final" -o genocídio compacto e sistemático de milhões de seres humanos. Recorrentemente aparecem movimentos que negam o Holocausto. O último deles foi o de um bispo da igreja anterior a do Concílio Vaticano 2º, que, não se sabe como, afirmou que os mortos do extermínio em massa não foram seis milhões de judeus, mas "apenas" 300 mil. É evidente que números redondos podem ser contestados, mas há registros fidedignos que chegam a 5.933.000 vítimas em diversos países dominados pelo nazismo. Foi a pior mancha na história da humanidade.

*Publicado na Folha de São Paulo.

Marcela- RJ